Planejar, priorizar e produzir, estes três vetores que regem a produtividade, quando bem sincronizados, promovem o melhor uso do tempo, fortalecendo os resultados. Para tanto, estabelecer níveis iniciais de prioridades torna‐se essencial para os nossos resultados pessoais, bem como para nortear o relacionamento entre líderes e suas equipes, favorecendo a construção de um ambiente mais assertivo.
O alinhamento de expectativas, neste processo, também é de extrema importância, evitando descompasso entre o trabalho que chega e o trabalho que sai, bem como mantendo o tempo justo e necessário para a execução de cada tarefa, em cada setor pela qual ela tenha que passar. Na vida pessoal, segue‐se o mesmo princípio: não dá para iniciar uma nova fase, sem antes ter concluído a fase anterior. Para priorizar, é essencial estabelecer o nível de importância e urgência de cada atividade.
O presidente norte americano Dwight D. Eisenhower, que governou o país entre 1953 e 1961, era conhecido por sua capacidade de gerir diversas tarefas, assegurando execução no tempo correto para cada uma. Seu segredo era dividir as atividades em quatro grandes grupos, com diferentes níveis de importância e urgência:
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1º Grupo: estavam as atividades Importantes e Urgentes, as quais deveriam ser resolvidas o quanto antes: crises, reuniões decisivas, visitas cruciais, tomadas de decisão.
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2º Grupo: vinham as atividades Importantes e Não Urgentes. Essas poderiam ser conduzidas com mais calma e planejamento, de forma a consolidarem‐se corretamente no tempo de execução. Pois se não fossem conduzidas dessa forma, invariavelmente se transformariam em Importantes e Urgentes, desequilibrando a matriz.
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3º Grupo: continha as atividades Urgentes e Não Importantes que compreendiam questões que poderiam ‐ e deveriam ‐ ser delegadas pelo líder para seus colaboradores, mantendo monitoria constante ou eventual. Além de estimular a iniciativa e desenvolver o colaborador, tal atitude de ‘desapego’ operacional possibilita ao líder recuperar o tempo estratégico e tático de sua função.
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4º Grupo: eram as atividades Não Importantes e Não Urgentes. Estas deveriam ser eliminadas completamente da rotina do líder. Conversas paralelas, assuntos desalinhados dos objetivos, tarefas aparentemente inocentes pelo desafio nulo que apresentam e que, por isso mesmo, não representam valor algum. Quando identificadas, podem ter seu tempo ‘recuperado’ nos grupos anteriores.
Concluindo, esta matriz de Importância versus Urgência de Eisenhower tornou‐se popular no ambiente corporativo no início da década de 90, com o lançamento do livro ‘Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes’, do autor e conferencista Stephen Covey. Desde então, vem sendo utilizada recorrentemente na gestão pessoal e profissional, transformando‐se em ferramenta de visualização prática para a obtenção de melhores níveis de produtividade, a partir da eliminação daquilo que apenas ocupa tempo e espaço em nossas vidas.
Porém, pessoas com baixa produtividade costumeiramente afirmam que o tempo voa, dada a impossibilidade de geri‐lo de forma mais efetiva. E se você é desses que acha que o tempo voa, trate de assumir logo o seu lugar de piloto. O nome disso é Produtividade.
- Texto publicado originalmente no Linkedin.
🍎 Eduardo Zugaib – Profissional de Comunicação e Desenvolvimento Humano, atividades que se misturam ao longo de mais de 25 de anos de carreira. Escritor e conferencista em nível nacional. São mais de 10 anos provocando e inspirando pessoas e organizações para uma vida com mais Propósito, Protagonismo e Performance.
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