Vontade, ou ambição, é a atitude que nos faz querer mais. É o impulso que nos empurra a cada novo dia dentro de um processo do nosso processo de melhoria contínua, estabelecendo metas, atingindo‐as ou, quando não, trabalhando incansavelmente para compreender o porquê da performance indesejada, para então poder corrigir e superar‐se.
Infelizmente, pelo senso comum, a palavra ambição e, consequentemente, a atitude ambiciosa, é mal interpretada. Não raro, confundida com ganância. Logo, tratá‐la como ‘vontade’ pode ser menos agressivo e pode distanciá‐la um pouco do significado de ‘ganância’. Ambição implica em querer mais a ‘todo’ custo possível, mobilizando as próprias competências para a melhoria contínua, com foco na melhor experiência que podemos oferecer para aqueles com quem nos relacionamos, sejam nossos familiares, amigos ou clientes. Consequentemente, focando também no melhor resultado que podemos gerar para nós próprios ou para a organização onde atuamos.
Ambição, ou vontade, gera crescimento genuíno, sustentável, exponencial.
Cuidado com a ganância
A ganância, por sua vez, implica no querer mais a ‘qualquer’ custo, focando apenas no quanto se lucra ou se obtém de vantagem, não se importando com eventuais ou propositais incongruências entre a expectativa gerada pela promessa, o valor real e a entrega efetiva. Apesar de parecer, a ganância não gera crescimento, mas sim inchaço. Bolhas insustentáveis que, a todo instante, estouram e afetam completamente a credibilidade e a reputação de quem transita por este caminho, seja uma pessoa, time ou empresa.
Ter ambição é saber conjugar os três pilares de competências que nos movem em qualquer trabalho. Por exemplo:
- Conhecimento: é promover em si mesmo e ao ambiente que impactamos o fomento da curiosidade;
- Habilidades: é aperfeiçoar‐se continuamente, consciente das mudanças que afetam o mundo a cada instante; e
- Atitudes: é compreender que apenas a falácia do ‘pensamento posivo’ não se sustenta, sendo preciso aperfeiçoar continuamente o chamado mindset.
Competências sinérgicas e consolidadas transformam‐se em experiências positivas, tanto para nossos clientes finais, como também para aqueles que eventualmente estejam sendo liderados ou influenciados por nós.
Um conjunto sinérgico de competências promove, para aqueles que são impactados por elas, uma experiência memorável que gera simpatia e fidelização. Já para a equipe que é mobilizada a pensar de forma ampliada, ou seja, os nossos clientes internos, essa sinergia gera inspiração e engajamento, transformando o protagonismo em um processo natural, com espaço para a iniciava, para a criatividade, para o erro, para o aprendizado e, finalmente para o resultado final.
Não competir, mas “coopetir”
Compete ao líder estimular e construir um ambiente de saudável ambição entre seus liderados, promovendo não a competição, mas sim aquilo que podemos chamar de ‘coopetição’. Isso implica na busca do máximo de competitividade lá fora com o máximo de cooperação no ambiente interno. Significa ir além do ‘querer mais’ individual e também trabalhar pelo ‘querer mais’ de toda equipe, a partir do compartilhamento de visões, do alinhamento de expectativas, da parceria na conquista de objetivos e, principalmente, no compartilhamento e na celebração dos resultados. Seja nas conquistas pessoais, familiares ou profissionais, a sua desculpa nunca pode ser maior que o seu desejo. O nome disso? É Vontade.
- Texto publicado originalmente no Linkedin.
🍎 Eduardo Zugaib – Profissional de Comunicação e Desenvolvimento Humano, atividades que se misturam ao longo de mais de 25 de anos de carreira. Escritor e conferencista em nível nacional. São mais de 10 anos provocando e inspirando pessoas e organizações para uma vida com mais Propósito, Protagonismo e Performance.
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